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[RP] May We Meet Again

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Mensagem por Amber M. Loveridge Dom Set 04, 2016 9:14 pm

May we meet again
i wish we could finally be the same as before


RP FECHADA entre os irmãos Loveridge. Se passa em uma sexta-feira, durante o período da tarde para a noite. Essa RP é de conteúdo livre.




"you are

the universe"
E então meu corpo se levantou, e junto com ele meus braços, que fizeram meus músculos se esticarem em uma espreguiçada que tirou um grunhido de minha boca, que logo se colocou em um sorriso. Stacey me olhou de lado, dando uma leve risada e colocou o computador em cima da cama, me olhando de cima a baixo enquanto eu colocava algumas coisas dentro da bolsa, e prendia as sandálias em meus pés. Era uma sexta-feira e, graças ao bom Lorde Ganesha, o professor tinha faltado, cancelando a prova que tinha para hoje.

-Eu não sei se vou demorar, Stas, provavelmente não, mas pode jantar. Quando eu chegar eu como alguma coisa, ok?

Dei tchau brevemente para minha amiga e olhei para a tela do celular. Faltava uma hora e meia para a minha sessão começar, e eu me coloquei a andar até o Shopping ali perto. Esse era um dos prós de morar na  faculdade: Ela ficava no meio da cidade e tudo era perto dela. Desde o shopping, até a praia que ficava a quinze minutos se fossemos de ônibus. Tirei o cadeado da bicicleta e subi na mesma, fazendo meu caminho para fora da mini-cidade universitária e para a rua de Burkitsville.

Eu não podia reclamar da minha vida nesse momento. Faltavam dois anos para eu terminar a faculdade, o trabalho no hotel era incrível e eu estava aprendendo tanto com todo mundo lá. Mamãe tinha falado comigo hoje mais cedo, falando que estava com saudades. Meu pai me mandou um beijo também e eles vieram por um momento em minha cabeça. Eu sentia tanta falta deles que chegava a ser uma coisa absurda. Alexander também me veio a memória enquanto eu estava falando com ela, e um aperto se deu em meu coração. Era triste sentir que ainda tinha uma ligação com ele, e mal nos falarmos mais. Os carros passavam por mim em uma velocidade muito maior, a maioria das pessoas indo acampar na clareira ou na praia por causa do fim de semana ensolarado que estávamos recebendo. Um sorriso se abriu em meu rosto ao olhar o Sol se pondo, e mais uma vez eu agradeci por estar ali vendo aquela paisagem bonita que eram os prédios em meio a luz da estrela.

Coloquei os pés no chão assim que cheguei em frente ao Shopping, levando minha bicicleta para a grade de ferro que tinham algumas outras ali. Coloquei a corrente no pneu e a prendi junto ao ferro que estava preso no chão, trancando o cadeado. Minhas pernas me levaram rapidamente para dentro do estabelecimento,  alegria de estar indo fazer outra tatuagem acelerando meu coração de um jeito maravilhoso. Entrei na loja de tatuagem, abrindo um largo sorriso para a garota ruiva atrás do balcão. Sandy tinha feito alguns semestres comigo na faculdade, e algumas loucuras tinham sido cometidas por nós em festas, o que me fez pular sobre a bancada e dar um abraço na mesma.

-Como sempre adiantada. Pelo menos nós estamos com um tatuador livre. O que vai fazer dessa vez?

Levantei as sobrancelhas para a garota, descendo da bancada e apoiando meus cotovelos na mesma.

-Surpresa. Eu desenhei dessa vez. Com quem eu vou me tatuar hoje, então?

and you are oh, darling, so beautiful



Última edição por Amber M. Loveridge em Qua Set 07, 2016 3:22 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Alexander P. Loveridge Dom Set 04, 2016 9:48 pm

Nothing could stop the two of us
Let's just get lost, that's what we want


O roncar da moto era a única coisa que eu conseguia ouvir e que - sinceramente - eu tinha vontade de escutar. A verdade era que desde que eu havia chegado á Burkitsville, eu havia me forçado em uma espécie de estado de transe para que eu não percebesse as coisas que passavam ao meu redor. E minha rotina garantia minha distração. Casa, faculdade, luta, trabalho e repetição de tudo. Eu não era particularmente o maior amante de rotinas, mas era a única opção que eu tinha para que eu não pensasse, já que pensar era uma prática extremamente perigosa para mim. Eu preferia viver na inércia por hora, pelo menos até eu conseguir juntar uma boa quantidade de dinheiro para ir para longe daquele lugar.

Nada contra Burkitsville, a cidade era linda, as cachoeiras encantadoras e o sangue que rolava por ali era realmente charmoso, mas eu queria dar o fora. O problema de Burkitsville não era a cidade em si, mas sim quem eu queria evitar. Eu só esperava meu último ano de faculdade acabar e então minha conta bancária aumentar seu saldo para que eu pudesse sumir e nunca mais ser encontrado por ninguém. O Havaí era uma boa ideia, a Russia também. Tudo dependeria de uma escolha que em breve eu teria que tomar.

Até então estava tudo bem. Eu havia acabado de estacionar minha moto e tirava meu capacete conforme adentrava o shopping e caminhava até o estúdio de tatuagens que eu havia entrado em sociedade. O lugar dava uma boa grana e eu estava tendo lucro satisfatório, até porque eu trabalhava ali junto com meu sócio e meus funcionários. Acabei ganhando nome na cidade e minha agenda estava simplesmente esgotada para os próximos seis meses, o que era ótimo. Se tudo desse certo, até o final do ano eu atingiria minha meta.

-E aí, Sandy? Como a agenda está pra hoje?

Cumprimentei a menina atrás do balcão que trabalhava para mim nos últimos meses. Sandy abriu um sorriso de canto, foleando o caderno.

-Bom dia, Alec. Temos 5 sessões pra hoje. Está bem apertado.

-Qualquer coisa nós raspamos seu cabelo e você se passa por mim quando eu cansar. -Respondi em tom brincalhão, apoiando meu capacete sobre o balcão. Apertei a garota em meus braços, dando risada com o barulho estranho que a menina de cabelos azuis fez em reação. -Se precisar de alguma coisa, já sabe: vou estar na minha caverna. É só gritar.

-Uau. Que misterioso.

Ela revirou os olhos em tom irônico conforme eu deixava uma risada escapar e caminhava em direção à minha sala. Tirei a jaqueta de couro e a pendurei perto das figuras de ação que tinham aos montes enfeitando a sala e limpei as mãos, tirando da gaveta as luvas e os materiais que teriam que estar prontos para minha próxima cliente. Olhei para o relógio me perguntando se deveria arrumar uma recepcionista que realmente me informasse os horários da sessão, mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ouvi algumas batidas na porta de madeira.

-Alec, a cliente das nove e meia desmarcou. Nós temos algumas pessoas na fila pra tatuar com você, então vou fazer um encaixe, ok?

-Sem problemas.

Respondi em tom indiferente, enquanto me sentava sobre a cadeira e respirava fundo, olhando pela janela. O-ou. Tempo para pensar não. Peguei minha jaqueta de couro e então caminhei até a recepção, pegando minha carteira e abrindo um enorme sorriso para Sandy.

-Vou comprar alguma coisa pra comer. Dois minutos estou de volta.

-Se você se atrasar de novo, vou ter que te dar umas belas porradas.


[...]


Nada como pizza às nove horas da manhã. Quando finalmente voltei para o estúdio, eu sabia o que me esperava: uma Sandy irritada. Abri um sorriso para a menina de cabelo colorido e dei um longo gole no refrigerante que trazia comigo em minhas mãos. Ela estava um pouco distraída com algo no computador, mas assim que me avistou deu praticamente um giro em seus eixos. Tentei meu melhor para não rir, mas foi quase impossível.

-Alec, eu vou te bater! Já temos uma cliente!

-Você sabe que eu sou o chefe, né? -Perguntei em tom divertido, erguendo uma sobrancelha. -Você não tem direito de me bater.

A garota revirou os olhos, dando de ombros.

-São só algumas palmadas com carinho.

-Promete?

Sandy revirou os olhos mais uma vez, mas não se incomodou em me responder. Apenas caminhou até onde eu estava e passou a me empurrar em direção à sala. Algumas pessoas que esperavam pelos tatuadores observaram a cena em estranhamento e não resisti em passar o dedo próximo da orelha em movimentos circulares, sinalizando que a recepcionista era maluca. Algumas risadinhas puderam ser ouvidas e isso apenas fez com que eu fosse empurrado com mais força. Ergui as mãos em rendição, não conseguindo segurar a risada.

-Ok, ok! Estou indo. -Ergui o refrigerante para que ela segurasse e lhe dei uma piscadela. -Até logo, querida.

Não esperei para ver a reação da recepcionista e apenas segui em direção à minha sala, fechando a porta atrás de mim. Havia uma pessoa lá dentro me esperando, mas sequer percebi quem poderia ser conforme tirava minha jaqueta e a pendurava no local de costume.

-Então o que temos aqui hoje? Minha atendente falou que você é um encaixa, o que é algo meio perigoso já que temos duas horas de sessão e eu não tenho ideia do que você vai querer fazer. Se quiser desenhar o Obama nas suas costas teremos que fazer uma segunda sessão e...

Fui tagarelando conforme arrumava os materiais e higienizava minhas mãos, mas no segundo em que me virei na direção do meu cliente, minha frase morreu onde estava. Meus olhos se arregalaram e todo o meu corpo se arrepiou de uma só vez. Não, não, não. Eu havia conseguido evitar aquela situação por quase dois anos e aquilo definitivamente não podia acontecer, não agora. Pisquei algumas vezes, completamente em choque por estar diante de Amber. Pela primeira vez, não tive ideia do que fazer.

-Oh, caralho.


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Mensagem por Amber M. Loveridge Ter Set 06, 2016 2:38 pm

"you are

the universe"
A voz que tomou conta da sala fez meus olhos arregalarem de um jeito que não faziam há muito tempo. Claro, ela estava um pouco mais grossa, e eu sentia um tom de cansaço nela também, mas ainda sim, era a voz dele. Minha cabeça se projetou rapidamente para cima, e eu vi os cabelos escuros do mais velho. Eu não podia estar confundindo a voz dele. E então, Alexander virou-se para mim, com um semblante tão assustado quanto o meu, e meu coração podia pular para fora do meu peito de tanta felicidade. Em um pulo, me levantei da maca e corri até ele, passando meus braços pelo seu pescoço, e lhe dando um abraço tão apertado que se fossemos de desenho animado, seus olhos estariam se esbugalhando agora.

-Meu Ganesha! Por onde você esteve?! -Apertei o menino mais um pouco, logo o soltando e colocando minhas mãos em seus braços, observando a pele que tinha mais tinta preta do que qualquer outra coisa. O sorriso era largo em meu rosto, e eu tinha certeza que nada mais poderia estragar meu dia. -Eu tentei, por tanto tempo falar com você! A mamãe não sabia onde você estava, e você nunca me respondeu!

Faziam anos que eu não conseguia falar com Alexander. Segundo nossa mãe, o garoto não gostou de algo que eles decidiram e foi se aventurar por algum lugar do mundo. Eu não fazia ideia que ele tinha virado um tatuador. Soltei suas mãos e fiquei olhando incrédula para o menino. Meu menino. Eu e ele tínhamos entrado em uma briga colossal quando eu tinha tomado a decisão que viria para os Estados Unidos, mas, até onde eu sabia, ele viria também, o que acabou não acontecendo, e eu perdi o contato com ele depois daquilo. Eu estava tão animada aquela época! Íamos estudar juntos, e crescer um ao lado do outro como sempre fizemos a vida inteira. E então, como se alguém tivesse ligado um botão em Alexander, o garoto sumiu sem explicar para ninguém onde estava indo. Eu não sabia qual seria a reação do meu irmão ao me ver. A primeira frase não tinha sido das melhores, e eu tinha medo que fosse dali para pior. O semblante em seu rosto me deixou ansiosa, e mais uma vez eu me coloquei a falar.

-Eu nunca te vi por aqui, desde quando você está em Burkitsville? -Meu corpo caminhou levemente para trás e eu sentei mais uma vez na maca, segurando na barra do meu vestido e brincando com o babado que tinha ali. O sorriso leve não deixava o meu rosto, e eu seguia cada movimento de Alexander com o olhar. -Você deveria ter me avisado, eu te ajudaria a arrumar suas coisas... Sei lá onde que você está ficando!

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Mensagem por Alexander P. Loveridge Ter Set 06, 2016 2:54 pm

Nothing could stop the two of us
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Eu não conseguia me mover. Era como se eu tivesse acabado de cometer um crime e houvessem me flagrado com a faca nas mãos. Por mais que eu tentasse forçar meu corpo a ter qualquer reação, ele não tinha. Ela estava ali. Na minha frente. E todos os sentimentos que eu tentei abafar, todos os pensamentos que tentei esquecer, todas as lembranças que tentei apagar, tudo voltou como um turbilhão nocauteante. E eu não conseguia respirar. Amber estava ali: mais loira, mais alta, mais bronzeada e mais bonita, mas com o mesmo sorriso e o brilho no olhar que eu reconheceria em dois mil anos. Infelizmente. Desviei os olhares e abri um sorriso forçado quando finalmente consegui reagir. Eu estou muito fodido.

Com a maior inocência do mundo, Amber avançou em minha direção e me apertou em seus braços. Eu era mais alto, mas não ajudei a menina na missão quando não consegui mover meus braços para apertá-la também. Eu era uma estátua. Ela finalmente me soltou, mas o sorriso não estava em meu rosto. Haja naturalmente, Alec, você não vê sua irmã há 3 anos, pelo menos finja uma emoção. Eu brigava comigo, mas estava realmente difícil. Respirei fundo. Ok. É agora ou nunca.

-Hm... Oi. -Isso, exatamente, agora sim não está estranho. Revirei os olhos, mas foi para mim. Eu realmente não estava ajudando. -Eu acho que estou um pouco em choque. Dois anos. -Respondi rapidamente, não conseguindo olhá-la no rosto quando disse a segunda parte. -Mas pretendo partir em breve.

Dei as costas para Amber e respirei fundo. Minha cabeça girava e eu estava a beira do pânico, mas eu tinha que me controlar e com urgência. Peguei um papel e um lápis e me convencer a seguir o procedimento normal com qualquer outra cliente, talvez assim eu não parecesse tão lunático. Me virei para a menina e então apoiei o papel sobre minha pequena mesa no canto da sala. Eu evitava contato visual a todos os custos.

-Você trouxe um desenho ou tem ideias? Eu vou acabar dando uma personalizada se trouxer um desenho pronto, mas se quiser criar um aqui agora, tudo bem também.

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[RP] May We Meet Again Empty Re: [RP] May We Meet Again

Mensagem por Amber M. Loveridge Qua Set 07, 2016 12:25 pm

"you are

the universe"
Um bom, saudoso e apertado abraço foi o que eu esperava, no mínimo em tirar do meu irmão. Mas foi exatamente o contrário que eu obtive como resposta ao meu entusiasmo. Um calafrio passou pela minha espinha e eu não conseguia ver ao menos um traço de felicidade em seu rosto. O que diabos havia acontecido? Minhas mãos deixaram a barra do meu vestido, minha cabeça tentando entender o que tinha acontecido com Alexander.

Meu peito apertou quando ele se virou de costas para mim, ainda estático, e se sentou na cadeira, perguntando o que eu ia fazer de desenho. Minhas mãos seguraram minha bolsa, mas eu não conseguia me colocar a pegar o desenho que eu tanto queria em minha pele. Apenas uma frase passava pela minha cabeça várias vezes: "Mas pretendo partir em breve." Minha boca se abriu e fechou várias vezes, sem saber bem o que falar, perguntar ou até mesmo mandar.

-Ir embora? Mas já? Acabei de saber que você está aqui comigo mais uma vez. -Minha voz era fraca, e ao não obter reação, ou apenas um olhar, deixei um suspiro triste sair dos meus lábios. Quem era esse que estava em minha frente? Ele tinha a mesma voz, os mesmos cabelos e os mesmos olhos - um pouco mais tristes, mas ainda sim eram os mesmos - que o meu irmão, mas tinha algo de errado com ele. -Bem... Eu queria fazer algo desse tipo.

Andei até minha bolsa que estava em cima da mesa e retirei o desenho, voltando ao lado de Alexander e abri o papel, o entregando. Minhas mãos passaram por cima das linhas do desenho um tanto minimalista, mas aquela era só a base.

-Eu queria fazer essa flor, mas com os detalhes da pintura Mehndi dentro, sabe? -Meus olhos finalmente encontraram os de Alex e eu lhe ofereci um leve sorriso. -Tipo aquelas que você fazia e mim quando tínhamos quinze anos. Eu não desenhei porque... Bem... Nunca fui boa com isso, você que sempre foi o artista da família.

Olhei mais alguns segundos para o garoto, observando a face que era tão diferente, mas ao mesmo tempo, tão parecida com a minha. Retirei minhas mãos da mesa e me afastei do mais velho. Meus pés me colocaram a andar entre a sala, e eu olhei para os quadros de desenhos que estavam pendurados na parede. Olhei para o garoto que desenhava em uma folha limpa minha futura tatuagem e outro suspiro saiu dos meus lábios.

-Há quanto tempo você está aqui?

Minha voz estava claramente triste, e eu não sabia mais o que fazer. Eu queria tirar alguma coisa dele, qualquer coisa, mas sentia que aquilo não ia ser fácil, e seria meu primeiro desafio com o garoto.

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[RP] May We Meet Again Empty Re: [RP] May We Meet Again

Mensagem por Alexander P. Loveridge Qua Set 07, 2016 12:53 pm

Nothing could stop the two of us
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Isso não é estranho, isso não é estranho, isso não é estranho... Ok, talvez seja um pouco estranho. Eu tentava me concentrar no desenho quando Amber me entregou o papel e forcei minha mente ao máximo para não viajar às lembranças que ela tentava reviver. Já era estranho suficiente estar olhando para minha irmã naquele momento, a última coisa que eu precisava era de rever boas memórias fraternais. Muita coisa havia mudado desde que ela havia nos abandonado, me abandonado, e eu ainda não estava pronto para deixar tudo para trás. Não com os pensamentos que andei desenvolvendo nos últimos anos e que estavam me tirando do sério.

O desenho que ela havia optado fazer não era difícil, mas era muito bonito. Os traçados estavam tortos e algum detalhe ou outro poderia ser facilmente melhorado, mas a ideia em suma era muito boa. E eu estava conseguindo adaptá-lo bem. Mantive as proporções que ela havia escolhido, sentindo certa simpatia por minha irmã possuir o mesmo amor por tatuagens que eu possuía. Olhei de canto de olho para a garota de cabelos loiros conforme terminava alguns detalhes.

-Onde você pretende fazer esse desenho? -Perguntei distraidamente, ignorando completamente sua última pergunta. Eu não queria mais falar sobre mim ou sobre nós. -Pelo tamanho eu iria sugerir nas costas, mas agora tem um monte de gente tatuando a coxa e eu, sinceramente, gosto do lugar. Pelo menos para as mulheres.

Falei em tom quase simpático enquanto pegava o gel para a passagem do decalque para a pele da garota. Me coloquei de pé, recortando o desenho pronto e entreguei para que ela pudesse ver.

-O que acha? -Perguntei, evitando de olhar muito em seus olhos. -Eu acrescentei uma segunda flor e rabisquei de forma com que pareça que as duas se completam, onde uma termina, a outra começa. Ficou um pouco maior do que você queria, mas se quiser podemos voltar ao desenho anterior mesmo. Só acho que deu uma completada, não sei.

Dei de ombros, deixando o desenho com ela para que ela analisasse primeiro. Voltei até a mesa, arrumando os materiais e segurando o pequeno rolon de gel, olhando para ela em expectativa.

-E então? Vai ser isso? Posso colocar na sua pele para ver se gosta?
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Mensagem por Amber M. Loveridge Qua Set 07, 2016 6:31 pm

"you are

the universe"
Voltei mais uma vez para a maca, me encostando no estofamento da mesma, já que ia precisar colocar o estêncil na perna. Minha pergunta tinha sido claramente ignorada, e minha decisão de continuar tentando tirar algo dele estava diminuindo cada vez mais. Assenti levemente quando ele falou da coxa, e puxei minimamente o vestido, olhando para o desenho e para minha pele novamente, mostrando a lateral da coxa para a flor maior, fazendo a menor ficar no abaixo dela.

-Eu tinha pensado na coxa mesmo. Já quero fazer uma aqui faz um bom tempo. -Peguei o desenho em minhas mãos, enquanto ele passava o gel no local. Um sorriso se abriu em meu rosto e eu passei o dedo sobre as linhas da flor: tinha ficado exatamente como eu imaginara, se não melhor. -O desenho está perfeito.

Depois que ele colocou o papel em minha coxa, olhei pelo espelho dando um largo sorriso e assenti. Eu sentia um leve tom simpático em sua voz, mas aquilo não me amolecia de nenhum jeito. Sentei mais uma vez na maca, ficando confortável para não me mexer durante as poucas horas que eu ficaria sentada ali. Encostei a cabeça na maca e fiquei observando Alexander, enquanto ele começava os trabalhos.

-Você só tem trabalhado aqui? Ou também frequenta a universidade e eu nunca te vi por lá? -Minha voz tinha um tom triste, e eu apenas esperei que ele me respondesse. O estabelecimento eu sabia que era dele: Sandy havia me contado que tinha um dono novo, e ele era o único membro que eu não conhecia dali. Sua sala sempre fechada, nunca tinha visto sequer a cor das paredes. Meus olhos não saíam do mais velho, e a saudade bateu em meu peito como um carro que não consegue frear antes de chegar em uma parede. Minhas mãos brincavam uma com as outras, mas eu decidi não falar mais nada sobre nossa infância, já que ele ia me ignorar de qualquer jeito. -Sabe, você fez uma coisa muito legal aqui com o estúdio. Você não deveria deixar tudo isso para trás.

O barulho da agulha deixava que o silêncio que se dava entre nossa breve conversa um pouco mais aconchegante. Eu não sabia mais o que falar para o garoto, e eu apenas fechei os olhos e deixei que a leve dor das agulhas se transformassem em prazer, e que a imagem da tinta em minha pele ficasse clara em minha mente.

-Eu senti sua falta, Alex.

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