[RP] Fireside

I'd probably still adore you

With your hands around my neck

O percurso até o shopping foi tranquilo; um repertório agradável tocou durante todo o percurso, de maneira baixa e sutil para não atrapalhar a conversa animada que tinha com meu namorado. Diversas vezes me peguei olhando para a aliança em meu dedo, ainda digerindo aquela novidade. É claro que sabia que um dia aquela hora chegaria, no ritmo que eu e Thomas estávamos, o quanto nos dávamos tão bem, era inevitável que aquilo acontecesse. Ainda assim, o sentimento que tinha dentro de mim era que fosse uma novidade maravilhosa.

— Oh, god. Ir para o shopping nunca demorou tanto, só porque estou com fome — o percurso, porém, era o mesmo de sempre, mas naquele momento parecia uma eternidade, até que finalmente chegamos ao estacionamento do local e Thomas ocupou a vaga mais próxima do shopping que encontramos. Saímos do carro, e assim que me coloquei ao lado dele, tratei de segurar sua mão, entrelaçando nossos dedos e lhe dei um selinho. — Estava mais confortável com sua camisa, um absurdo você não ter me deixado vim com ele. Acho muito fashion — falo em um tom dengoso. Pior: eu nem havia pegado a camisa, na pressa, havia a esquecido, tenho que me lembrar de buscar ela – e mais outras, claro.

— Oh, Thomas, vamos andar mais rápido, quero logo meu cheddar — reclamei, apressando meu passo em direção a praça de alimentação, sentindo o cheiro de comida atiçar ainda mais minha fome. — Não existe nada melhor do que comemorar... — peguei o celular, conferindo a hora. — Quarenta minutos de namoro do que comendo, né, meu amor? Comendo comida, tá, seu pervertido?

I'd probably still adore you

With your hands around my neck

Soltei a mão de Thomas assim que adentramos a cabine do elevador; conferi brevemente o meu reflexo no espero, analisando se os fios loiros estavam em ordem; a caixa metálica estava vazia e assim permaneceu até que sua porta se fechasse. — Ei, que pervertido! — acusei, olhando para ele com um olhar divertido enquanto cutucava suas costelas de leve com o cotovelo. Estiquei a língua para ele, dando dois passos até me conseguir apoiar meu ombro em um dos lados da cabine, cruzando os braços sobre o busto.

O garoto logo estendia sua mão para mim, me chamando de um jeito que não resisti estender meu braço até que meus dedos alcançassem e ele me puxasse para perto de si. Coloquei meus braços a redor do pescoço dele, puxando-o mais para perto de mim enquanto seus lábios deslizavam sobre os meus e eu correspondia ao seu beijo. Deslizei a palma da mão de sua nuca para suas costas, enquanto dava alguns passos para frente, fazendo com que ele me acompanhasse até que ele ficasse preso contra a parede. Repuxei o canto dos lábios em um sorrisinho, enquanto o beijava, até que tive que subitamente me afastar dele, fazendo cara de que nada estava acontecendo, quando a porta do elevador se abriu. Eu e Thomas nos olhamos de forma cúmplice quando três crianças, talvez pré-adolescentes entraram na cabine. Disfarcei uma risada com uma tosse quando Thomas sussurrara em meus ouvidos, e ajeitei os cabelos que haviam se bagunçado um pouco.

Finalmente saímos do elevador, nos encontrando agora na praça de alimentação. Segurei novamente a mão de Thomas, entrelaçando nossos dedos, enquanto eu olhava a volta e ouvia ele perguntar o que eu queria comer. — Hambúrguer... batata frita com muito cheddar. Hoje não há motivos para ser saudáveis, né? Estamos comemorando! — falei, me virando para ele e lhe dando um selinho antes de o arrastar até o Burger King. Que estava com uma fila mediana. Quando conseguimos fazer nossos pedidos fomos esperar nossos pedidos chegarem, o que, conferindo os números, não demoraria muito. Abracei Thomas pela cintura, olhando para ele sorrindo. — O que mais quer fazer hoje, meu lindo namorado? Tá um lindo dia, poderíamos ir na praia, para o lago, cinema, sei lá. O que acha?