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Mensagem por Keith Marie Pannetiere Ter Jul 05, 2016 1:35 am


Keith Marie Panetone
Kay/Chave
Médica
Casada
Cônjuge: Jordan Pannetiere
my touch is black and poisonous, and nothing like my punch-drunk-kiss.


ATO I - OLÁ, ESTRANHA!

Keith foi nascida em Riade, cidade capital da Arábia Saudita. Filha de Muhammad e Marie Catherine, cresceu no conforto de uma enorme casa e a fortuna gerada pelas petrolíferas do casal composto por um árabe e uma francesa. Sendo a filha mais velha de três, desde pequena a garota demonstrou gosto incomum pelas coisas. Ela amava filmes, era doente viciada neles, em especial os filmes de cowboy dos quais a menina simplesmente desejava ter nascido dentro. Com apoio dos pais que amavam a imaginação da filha, Keith ia fantasiada de cowboy para a escola todos os dias até seus dez anos de idade.

É claro que uma menina tão peculiar não passou bem pelo ensino fundamental quando as crianças escolhem os mínimos detalhes para pegar no pé das outras. No caso de Keith, havia muito mais do que pequenos detalhes para tirar sarro dela por. Ela era uma garotinha animada, feliz e dizia o que bem pensava sem se preocupar com julgamentos. Até quando mais velha essa característica não mudou.

Keith recebeu seu nome pelo fato de seus pais sempre terem sonhado em ter um garoto, e prometido que dariam esse nome ao seu filho. Quando Marie fez seu teste de gravidez para descobrir qual era o sexo da sua criança, tudo indicou que seria um menininho que eles colocariam no mundo. Estava tudo pronto: o quarto, as roupas, todos os preparativos para que o pequeno Keith finalmente olhasse pela primeira vez para o mundo. Então Keith seria o nome. Imagine a surpresa do casal quando, na verdade, Marie Catherine deu à luz a uma linda garotinha, que era simplesmente a cara da mãe.

Mesmo Keith tendo nascido do sexo feminino, nada impediu o casal de ter o filho que sempre quiseram. Tudo o que poderia ser – erroneamente – taxado como “para meninos” atraía os olhares de Keith: esportes, bonecos de ação, carrinhos. A menina era viciada em qualquer super-herói e simplesmente passava longe das Barbies. Por isso, conforme foi crescendo, foi desenvolvendo amor pelo futebol que virou a razão da sua vida e popularidade no colegial.

A relação de Keith com suas irmãs era simples: Por ser oito anos mais velha do que a irmã com idade mais próxima da sua, ela sempre tratou as duas garotas com muito carinho e proteção, tendo certeza que jamais nada aconteceria com elas. Keith sempre aproveitou muito das brincadeiras e bobeiras das duas meninas, mesmo sendo mais velha, já que sua mentalidade de criança permitia tal coisa. Das irmãs, a que mais se assemelhava à mais velha – de certa forma – era Calliope, por possuir um humor negro mais aguçado e se divertir mais com bobeiras.

No ensino médio, Keith era a quarterback. A primeira mulher do time da história, e mais, a primeira mulher capitã do time. Um orgulho para seus pais e realmente querida por todos. Foi aos seus quinze anos de idade que as coisas começaram a desandar. Ninguém sabia ao certo a razão, mas Keith já havia se envolvido em algumas brigas quando mais nova, mas nada que fizesse os pais se preocuparem, já que sabiam que as crianças costumavam pegar no pé da garota. No colegial, algumas atitudes e temperamentos estranhos começaram a atingir a garota, trazendo certo desentendimento e preocupação para os seus pais. O pior: com o tempo, isso tomou conta dela.

O primeiro episódio esdrúxulo aconteceu ainda no primeiro ano de ensino médio em um jogo de futebol. O esporte era bom para esvair a raiva, por ser um esporte de contato e violento, mas naquela noite nem mesmo o futebol conseguiu conter o ódio da menina. Adrés era o runnerback do time adversário e estava insistindo na anulação de um ponto recém feito pelo time de Keith. Tendo visto o ponto de perto e entendendo das regras do jogo, a garota discordou, pedindo pela retirada do jogador que causava tumulto sem motivo real. E isso gerou um bate-boca. Adrés e Keith travaram uma discussão no campo que acabou com um belo soco no rosto do garoto que não hesitou em revidar. E então uma briga real. A arquibancada ficou agitada e os árbitros pararam o jogo para separar a briga. Keith saiu com alguns ferimentos, mas Adrés? Ele gritava de dor e chorava por um pulso quebrado. Ninguém sabe ao certo como a menina do tamanho de Keith havia realizado tal proeza. Três meses de suspensão do time.

O segundo episódio foi com o professor de química, no segundo ano de colegial. Keith tinha problemas com a matéria e o homem não deixava de pegar no pé com as suas notas. Ela estava a beira da reprovação e não importava o quanto estudasse, suas notas não pareciam crescer. E então a notícia: Keith seria suspensa do time se não passasse de ano, assim como todos os alunos que precisassem manter as médias para continuar com os esportes escolares. E é claro que ela não aceitou. Keith tentou conversar com o professor, mas ele foi irredutível. Ela ia bombar. Em um acesso de raiva, a menina furtou um taco de basebol dos armários de educação física e destruiu o carro do homem com golpeadas. Resultado: Outra suspensão que seria uma expulsão se os pais da menina não fossem quem eram.

Preocupados com o temperamento destrutivo da filha tão dócil, os pais de Keith tomaram providencias ao coloca-la em um psiquiatra para entender seus problemas. Por um tempo, a vida da garota passou a normalidade completa, até o último ano do colegial, nas finais das estaduais.
Vitória do colégio da nossa protagonista e o troféu foi levado para a casa, mais uma vez. Não muito contentes com o resultado, alguns garotos do time adversário pensaram que seria divertido pregar uma peça: afinal, a capitã do time era uma mulher e precisava ser colocada em seu lugar. Planejaram e invadiram o luau realizado na escola para comemorar o mais novo título do time pelo terceiro ano consecutivo. Apagaram a fogueira, causaram algazarra e tumulto. Era como uma espécie de segundo confronto, este fora do campo.
No meio do tumulto ninguém notou, mas o quarterback do time adversário desapareceu, e junto dele, a capitã do time vencedor.

Keith foi jogada contra o chão e se viu trancada dentro da sala de manutenção. Seu corpo era segurado pelo corpo do quarterback que ria e se colocava entre as pernas dela. E ela tentava se debater. Tentava empurrá-lo e gritar, mas ninguém conseguia escutá-la e ele era forte demais. Ela ia ser estuprada. Em um movimento de desespero, Keith encontrou um pedaço de cano estocado e usou do objeto para golpear o rapaz na cabeça, fazendo com que ele caísse para longe dela. Desespero.

Keith pegou o objeto e bateu no rapaz mais vezes, subindo sobre o seu corpo, golpeando-o uma vez atrás da outra até que ele estivesse desacordado. E aquilo era suficiente para legítima defesa. Completamente tomada pelo ódio, nojo e rancor, Keith quebrou a janela e agarrou um pedaço de vidro, fincando-o no pescoço do rapaz que sangrou, manchando o chão da sala com o líquido escarlate. E do lado de fora, olhos assustados observavam a cena. Testemunhas. Aos dezoito anos, após esse episódio, nem mesmo os pais influentes da menina conseguiram mantê-la fora da cadeia.


ATO II - THE LIMBO

Keith passou três anos na penitenciária e naquele mesmo local se concentraram seus piores medos e seus maiores sonhos. Sendo regrada dia após dia e fazendo tudo por meio de alguém que lhe observava, o inferno da menina foi amenizado pela pessoa que passou a lhe tirar o sono todas as noites, se tornando sua obsessão do momento. Algo sobre as tatuagens e sobre os olhos castanhos tinha simplesmente um poder sobre a garota que ela jamais conseguiria explicar. E um nome: Zachary Tucker.

Zachary e Keith começaram um romance que durou longos três anos e uma intensidade da qual a menina jamais havia experimentado. Brigão e irritado com o mundo, o oposto da menina, os dois foram como peças de quebra-cabeça, nunca tão bem encaixadas. E viraram um. Eram dias e noites planejando sobre o futuro, falando sobre piadas e rindo das bobeiras do outro. Por um momento, Zachary fez com que a própria prisão soasse como o paraíso e não como uma detenção. Ele era o anjo de Keith. Ele era a razão do seu viver.
Keith também teve outros anjos em seu cativeiro, entre eles, os principais: Kristina, Rosalie e Matuin. O grupo se formou e logo os laços entre os amigos eram tão fortes que se tornaram uma espécie de gangue com o velho clichê ditado daqueles três mosqueteiros: era “um por todos e todos por um”. Eles sempre estariam juntos e nunca deixavam que problemas os atingissem, vivendo em paz num local no meio do limbo, entre o inferno e o céu. E só por causa deles. O problema, foi que Keith acabou sentindo falta daquele pequeno pedaço de dimensão alternativa que havia construído, quando o advogado da sua família finalmente conseguiu tirá-la de trás das graves.

Estava tudo errado. Ela e Zach deveriam sair juntos no futuro e então se casar em algum lugar dos Estados Unidos. Depois se mudariam para Minneapolis onde seria possível que Keith tivesse a fazenda que sempre sonhou e Zachary pudesse montar sua banda na cidade grande. E um apoiaria o sonho do outro. Ela seria médica pediatra e teriam um filho. Um não, dois. Meninos. E eles os fantasiariam das coisas mais ridículas e fofas do mundo, como pratos de comida ou então personagens de filmes de terror. Era o futuro perfeito, o futuro que ela havia escolhido com ele.

O único problema era que o destino – ou a família Al-Hashem – não estava de acordo com o planejado.

And I just can’t wait for love to destroy us.

As ideias erradas de Keith quando saiu da prisão enfureceu sua família. Imagine! Uma Al-Hashem se casar com um ex presidiário! Ela deveria ter um futuro brilhante! Ser uma médica renomada e voltar seus pés ao chão. Ela deveria respirar novos ares e retomar seus sentidos. Era apenas questão de tempo. E assim, logo quando Keith finalmente voltou para casa, ela foi mandada para a Inglaterra onde, aos 21 anos, faria um curso de medicina para exercer a profissão que sempre sonhou. Seria bancada pelos pais e teria casa, comida e roupas para começar do zero. Ótimos planos para um ótimo futuro.
Desde aquele dia, Keith nunca mais ouviu falar de Zachary.


Deaths by her hands: Michael Mathers.

ATO III - MONAMOUR


O trajeto foi sofrido. Não importava para onde Keith olhasse, o que ela fazia ou o que pensasse, tudo lembrava o seu namorado da prisão. Ela tentava ligar para ele, colocou investigadores em todos os locais, procurou desesperadamente pelo seu amado, mas o menino era irrastreável. Ele não estava mais na prisão, ele estava em lugar nenhum. Havia desaparecido.

Em meio aos lamentos de Keith haviam os estudos e com eles as aulas práticas de medicina. Foi exatamente nesse curso que ela conheceu Jordan, um orientador ex-aluno que roubou seus olhos em primeiro momento. Se Keith não estivesse perdidamente apaixonada pelo ex presidiário, talvez ela conseguisse enxergar Jordan com outros olhos, mas isso não foi problema para o rapaz.

Começou como uma amizade. O tatuado era exatamente como Keith, diferenciados apenas pelo gênero, quando os dois idiotas eram capazes de dar risadas e fazer besteiras o dia inteiro como dois lunáticos. Todos olhavam estranho para eles, mas os admiravam ao mesmo tempo. Eram como duas metades de uma mesma laranja perfeita, ou completamente torna – dependendo do ponto de vista. A semelhança da personalidade dos dois chegava a ser ridícula.

Em um ano, a amizade se tornou um romance e esse romance gerou um namoro. Keith e Jordan levaram o relacionamento sério aos 22 anos da garota, quando ela começou a esquecer Zachary e realmente se apaixonar pelo médico tatuado. Ele a influenciava positivamente em sua carreira e ela havia o prendido em uma paixão sem fim. Os dois continuaram em seu conto de fadas até os 24 anos da menina, quando passaram a morar juntos e nunca se divertiram tanto. Eram realmente perfeitos um para o outro.

Aos 26 anos ficaram noivos. Jordan viajou com Keith para passar um tempo na casa dela e o inglês acabou se dando muito bem com os pais da menina, que já o conhecia, mas o aprovaram finalmente como o mais novo integrante da família. Aos 27 o casamento e três meses depois a notícia: Keith estava esperando uma criança. O conto de fadas parecia sem fim e tudo seguia em suas perfeitas condições.

As coisas mudaram ainda naquele ano, quando Keith descobriu sobre o assassinato do namoradinho da sua irmã em Burkitsville e a preocupação a tomou. Calliope e Charlotte eram tudo para a menina naquele mundo e ela jamais poderia deixar as irmãs sozinhas em uma situação daquelas. E por isso resolveu tomar providências. Não foi fácil, mas convenceu Jordan de que a melhor solução seria se mudar para a cidade onde suas irmãs cursavam faculdade e então encontrou empregos ali que fossem lhes pagar melhor do que em Londres, por se tratar de uma cidade carente em medicina.

E desde então esse se tornou o maior desafio da mulher: se adaptar à nova vida na cidade americana, país onde todos os seus planos antigos se originava.


Keith Marie Pannetiere
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